Mês de agosto, às margens do Mar Negro. Chovia muito e o vilarejo estava totalmente abandonado.
Eram tempos muito difíceis e todos tinham dívidas e viviam de empréstimos.
De repente, chega ao vilarejo um turista muito rico. Entra no único hotel do vilarejo, coloca sobre o balcão uma nota de 100 euros e sobe as escadas para escolher um quarto.
O dono do hotel pega os 100 euros e corre para pagar sua dívida com o açougueiro.
O açougueiro pega o dinheiro e corre para pagar o criador de gado.
O criador pega o dinheiro e corre para pagar a prostituta do vilarejo, que por conta da crise, trabalhou fiado.
A prostituta corre para o hotel e paga o dono pelo quarto que alugou para atender seus clientes.
Nesse instante, o turista desce as escadas após examinar os quartos, pega o dinheiro de volta, diz que não gostou de nenhum dos quartos e abandona o vilarejo.
Ninguém lucrou absolutamente nada, mas toda a aldeia vive hoje sem dívidas, otimista por um futuro melhor…
(Esta eu recebi do meu amigo Marcos Assis, por e-mail. Se alguém souber o autor, me avise para que eu dê os devidos créditos)
Poderíamos perfeitamente fazer uma analogia entre esta estorinha e o que acontece com o dinheiro da previdência social: o idoso recebe a aposentadoria, e faz circular aquele dinheiro no comércio local, resolvendo problemas de outras pessoas, de empresas, até de famílias inteiras. Ninguém enriquece; porém todos participam da movimentação financeira, recebendo e pagando, e assim sobrevivendo.
Isto me leva a pensar nas pessoas que não conseguirão se aposentar pela Nova Previdência, e com isso deixarão de promover o movimento na economia de sua comunidade, principalmente em pequenas cidades…