Em novembro de 2022 viajei, com três amigos (Cacilda, Julio e Vanessa) de carro para o Sul. Saímos de Florianópolis, fomos até Punta de Leste, depois Montevideu, Colonia del Sacramento, atravessamos o rio de Buquebus para Buenos Aires, voltamos pelo interior da Argentina até Uruguaiana e voltamos pra Floripa. Foram cinco dias intensos, deliciosos.

Este ano voltamos a conversar sobre viagem, e a sugestão foi Mendoza – desta vez de avião. O mesmo grupo. Como a Vanessa também mora em Londrina, fomos juntos no dia 13.11.2024. Julio e Cacilda foram no dia 15, partindo direto de Florianópolis. Voltamos todos no dia 21.11.2024. Antes de viajar, fiz algumas reservas de passeio e restaurantes. Chegando lá, percebi que não precisava ter reservado restaurantes.

Hall dos elevadores do Millenium Inn Mendoza

Dia 13.11.2024: embarcamos em Londrina no fim da madrugada para Guarulhos. Lá, passamos pela emigração, fomos para a área internacional, e pegamos o voo para Santiago do Chile, onde tivemos a segunda conexão. Chegamos às 13h, mas ficamos quase uma hora dentro do avião, pois os funcionários do aeroporto estavam em greve… Assim, nossa conexão que ia durar pouco mais de quatro horas, durou três horas e pouco. O aeroporto de Santiago é grande! Ok, não tão grande quanto Guarulhos, talvez do tamanho do aeroporto de Brasília. Foi construído há mais de 50 anos, mas o terminal internacional foi construído recentemente, então está tudo com cara e cheiro de novo. Como faltava algumas horas para nosso voo para Mendoza, ainda não sabíamos qual seria o portão de embarque. São quatro píeres (sim, este é o plural de píer) com vários portões de embarque em cada um, e cada píer tem uma sala VIP. Escolhemos aleatoriamente uma delas e fomos almoçar. A sala vip não é grande, e não achamos a comida maravilhosa (as salas vip de Guarulhos são infinitamente melhores), mas o vinho estava no ponto. Daí veio a deliciosa coincidência: nosso portão de embarque era no mesmo píer da sala vip que escolhemos! Pura sorte. Pequeno atraso no voo, chegamos em Mendoza por volta de 19h e, surpresa: a LATAM quebrou a mala da Vanessa. E ninguém da empresa estava lá para nos atender. Fomos atendidos por uma funcionária de outra cia, que tirou fotos da mala e disse para procurarmos auxílio no whatsapp da LATAM. O robô do whatsapp não resolve nada… Lamentável.

Nos hospedamos no 15º andar do Millenium Inn Mendoza, por sugestão do Julio. Antigamente, o prédio abrigava o Park Suites Hoteles, mas foi transformado em uma espécie de ‘Airbnb’. Fiz a reserva pelo Booking (https://www.booking.com/hotel/ar/millennium-inn-mendoza.pt-br.html). Não é um prédio novo, claro, mas achamos bem confortável: tinha até banheira no banheiro!

Uma coisa importante sobre Mendoza: o centro foi feito para turistas! Existem quatro praças que ‘delimitam’ este centro: Plaza Italia, Plaza Chile, Plaza España e Plaza San Martin. No centro, Plaza Independencia. Logo, se você ficar perto da Plaza Independencia, estará perto de tudo: museus, restaurantes, cafés, teatros. Como a cidade é plana (principalmente no centro), é possível fazer tudo a pé.

Tomahawk no Carolino Cocina
Tomahawk no Carolino Cocina

 

Como tinha reserva para as 21h, só deixamos as malas no hotel e fomos jantar no Carolino Cocina, que fica a três quadras de distância, na Plaza Italia, por isso fomos e voltamos a pé. Escolhemos um Tomahawk e um vinho de uva bonarda. A carne estava simplesmente maravilhosa! O vinho que eu pedi (pensando, claro, no custo x benefício) estava em falta, mas a garçonete me sugeriu outro, da mesma uva, e estava simplesmente incrível. Porém, cometi o erro de aceitar sem ver o preço…  (Hermandad Winemaker Series Bonarda, da Falasco Wines) Custava três vezes mais caro do que o que eu tinha escolhido! Fique atento… Se o garçom te oferecer outro, veja o preço antes.

Com todo o cansaço da viagem e o jantar farto, dormimos e só acordamos no dia seguinte por volta das 10h da manhã.

Dia 14.11.2024: saímos para tomar um café da manhã na rua. Ali no centro tem no mínimo uma cafeteria em cada quarteirão (se você pega a avenida Colón, são quatro, cinco cafeterias por quadra!).

Desayuno no Luca's Café bar
Desayuno no Luca’s Café bar

Escolhemos o Luca’s Café Bar (a meia quadra do hotel) e tomamos o desjejum tradicional argentino: café com medialunas. Fomos caminhando até a Casa de San Martín, onde residiu o General San Martín. Um lugar sensacional, com escavações que mostram detalhes de como era a casa no século 19, antes e depois do terremoto de 1861, e no século 20. Uma visita imperdível! Ah, a entrada é gratuita.

Importante falar um pouquinho sobre ele: José Francisco de San Martín y Matorras foi governador da província de Cuyo (onde fica Mendoza) entre 1814 e 1816, quando organizou o Ejército de los Andes, que atuou na libertação do Chile. Também participou ativamente dos processos de libertação da Argentina e do Peru, cuja independência ele proclamou em 1821, tornando-se o primeiro presidente daquele país.

Entrada do Parque Gen. San Martin
Entrada do Parque Gen. San Martin

Da Casa de San Martin fomos de uber para o Parque General San Martín (sim, metade da cidade leva o nome dele), um parque gigante, que comporta dois estádios de futebol (Aconcágua Arena e Estádio Bautista Gargantini), três clubes sociais (Club Mendoza de Regatas, Golf Club Andino e Club Hípico Mendoza) o Estádio de Hockey Malvinas Argentinas, além de faculdade, escola, colégio agrícola, teatro, anfiteatro, observatório meteorológico,

Monumento ao Ejército de los Andes
Monumento ao Ejército de los Andes

lago, alguns órgãos públicos e, ao fundo, uma montanha chamada Cerro de la Gloria, onde tem homenagens e Monumento ao Ejército de los Andes.

 

Tentamos ir a pé, mas o calor não permitiu. Paramos no Club Hípico para um lanche e, de lá, chamamos um uber para nos levar ao Cerro de la Gloria. Valeu a pena: além do monumento ser esplêndido, a vista lá de cima é magnífica.

É importante lembrar que a região é muito seca: chove lá menos de 10% do que chove no Brasil, praticamente um deserto. A água que abastece a cidade vem prioritariamente do degelo da cordilheira dos Andes. Nesta época do ano está calor e seco; a caminhada cansa, mas suamos muito pouco!

Magnólia Restô
Magnólia Restô

Voltamos ao hotel e, como tinha mais um restaurante reservado, às 21h estávamos no Magnólia Restô, que fica no Paseo Arístides, a rua mais badalada da cidade.

 

Escolhi um malbec, principal uva da região, chamado 4000 Gran Reserva; de entrada uma degustação de queijo fundido de cabra e provolone e como prato principal uma Costela Assada com redução de malbec e vegetais da estação. Olha… para degustar de joelhos! Fica a cinco quadras do hotel, então também fomos e voltamos caminhando. Precisávamos dormir, porque o dia seguinte seria longo.

Dia 15.11.2024: pacote comprado ainda no Brasil, fomos fazer a excursão Alta Montaña, organizada pela Huentata (https://transporteshuentata.com.ar/). O objetivo do passeio, que dura o dia todo, é ir até o pé do monte Aconcágua, a montanha mais alta fora da Ásia, na Cordilheira dos Andes. O ônibus da empresa nos pegou no hotel por volta de 8h, e fizemos praticamente um citytour, pois tinha outros turistas em diversos hotéis, inclusive em Lujan de Cuyo (que fica ao lado de Mendoza). A guia Ornella foi ótima, apesar de não falar português; mas, umas aulinhas de Duolingo antes de viajar foram suficientes para não ficar totalmente perdido! Tinha outros brasileiros, e alguns ingleses – para estes, em alguns pontos específicos ela falava em inglês.

Lago Potrerillos
Lago Potrerillos

O primeiro ponto alto do passeio é a vista maravilhosa do Lago Potrerillos, na saída do túnel Cacheuta-Potrerillos (no percurso todo, passamos por uns 15 túneis). Um pouco antes do túnel passamos pelas Termas de Cacheuta, onde tem um resort privado e um parque público para banhos termais. Não paramos nas termas, mas paramos no lago para fotos. Em volta, montanhas e mais montanhas, que formam a chamada pré-cordilheira (nestas montanhas normalmente não tem neve). A estrada é toda sinuosa, por conta da geografia, mas de ótima qualidade: encontramos caminhões indo e vindo constantemente, muitos fazendo a travessia Atlântico-Pacífico.

Puente Picheuta
Puente Picheuta

A rodovia segue margeando o Rio Mendoza, que nasce nas cordilheiras. Praticamente o tempo todo vemos também a antiga ferrovia, com diversos postos e entrepostos, atualmente desativada. Uma pena… Fiquei imaginando aquela mesma viagem feita de trem: devia ser maravilhosa! Outro ponto relevante é a Puente Picheuta (ou Puente sobre el río Picheuta), construída ainda na época colonial, mas que se tornou relevante em 1817, quando foi utilizada pelo Gen. San Martín (sempre ele!) na travessia da cordilheira dos Andes, com o Ejército de los Andes.

Puente del Inca
Puente del Inca

Alguns quilômetros a mais e chegamos à Puente del Inca, uma formação rochosa natural que se parece com uma ponte. Como as montanhas em redor são vulcânicas, este é outro ponto de águas termais. Em 1925 foi construído um Hotel, e os viajantes de trem paravam para se hospedar e tomar banhos termais. Uma avalanche, em 1965, o destruiu, restando no local apenas uma capela que não foi atingida pela avalanche. No mesmo local há uma Cia. do Exército Argentino, um centro de Esqui e um centro comercial, com lojinhas e restaurantes.

Aconcágua
Aconcágua

Logo depois tem a aduana argentina, mas como não saímos do país, não precisamos passar por ela. Seguimos estrada acima até a localidade de Las Cuevas, ponto final de nossa viagem, aos pés do Aconcágua. Almoçamos, visitamos o Río De Las Cuevas (que passa atrás do restaurante e nos separa da montanha), e daí foram umas quatro horas de viagem de volta, com uma paradinha para lanche.

Se na Casa de San Martín ouvimos sobre um terremoto que aconteceu em 1861, na viagem a guia nos falou sobre os diversos tremores de terra que já aconteceram e acontecem, ainda, por lá: a cordilheira é formada pelo encontro de duas placas tectônicas, e de vez em quando, elas resolvem se mexer e tudo treme. Este é o motivo de Mendoza ter tantas praças (falei de cinco, mais o parque, mas tem muito mais, e todas muito bem cuidadas e muito frequentadas): a orientação, em um tremor de terra, é: primeiro, se esconda debaixo de algum móvel (cama, mesa, etc); depois de passado o tremor, fuja para alguma praça.

Chegamos em Mendoza por volta de 19h, fomos até o Bianco Y Nero (a meia quadra do hotel) tomar um café da tarde e esperar a chegada de Julio e Cacilda. Chegaram, se instalaram e fomos jantar no Ceibo Restaurante.

Ceibo Restaurante
Ceibo Restaurante

Não fizemos reserva, mas conseguimos uma mesa, praticamente na porta da cozinha. Pedimos uma costela de cordeiro e, para acompanhar, escolhi um cabernet franc Salentein 2021. Saímos do restaurante já era quase 1h da manhã!

Também pertinho do hotel (três quadras), fomos e voltamos caminhando.

O tchan deste restaurante é que ele tem um “bar secreto”, e foi este o motivo de irmos lá. Porém, estava tendo uma festa particular no bar, e ficamos sem conhecê-lo.

 

Dia 16.11.2024: fizemos nosso desjejum no Café Roverano, e fomos caminhando até a avenida (adivinhe o nome?) San Martín.

Pub Liverpool
Pub Liverpool

Seguimos por ela, passamos por um pub chamado Liverpool e combinamos de voltar à noite. Quando fomos ver as avaliações no google, muito mal avaliado… desistimos. Seguimos caminhando até o Mercado Central, um “mercadão” como os das grandes cidades, com alguns restaurantes e muitas bancas de secos e molhados, além de lojas de vinhos, azeites, etc.

Normalmente, o solo bom para uvas é igualmente bom para oliveiras, e em Mendoza não é diferente. Há diversas fábricas de azeite, inclusive algumas vinícolas que também produzem azeite.

Voltamos ao hotel para, em seguida, almoçarmos. Voltamos ao Paseo Arístides, procurando algum lugar para almoçar. Acabamos parando no Hannk Arístides Parrillada. Foi tanta carne nesta viagem que, sinceramente, não me lembro o que comemos.

Altitud Malbec Tupungato 2022
Altitud Malbec Tupungato 2022

Sei que foi carne, e que escolhi um malbec da Andeluna, um vinho de altitude, 2022.

A sobremesa (pudim com doce de leite) estava maravilhosa também.

Seguimos caminhando até o Parque Gen San Martín, voltamos por outra rua cheia de restaurantes (Av. Sarmiento). Na mesma avenida achamos uma loja de vinhos chamada Malbec Wineshop, com uma variedade incrível de rótulos.

Passamos no hotel e vamos caminhar mais: descemos até o Parque Cívico, onde fica a Casa de Gobierno de la Provincia de Mendoza,

Casa de Gobierno de la Provincia de Mendoza
Casa de Gobierno de la Provincia de Mendoza

o Palacio Justicia, a Municipalidad de Mendoza (prefeitura), pinacoteca, o Comando de Brigada, e até a federação dos aposentados de Mendoza (Federacion de Jubilados Mendocinos)!

No caminho de volta passamos em frente ao Believe Irish Pub, e à noite voltamos lá para comer batatas fritas.

Dia 17.11.2024: de minha janela do hotel dava para ver um restaurante em cima de um prédio. Pesquisa vai, pesquisa vem, fomos tomar nosso café da manhã lá, no El Faro Bistrô Mendoza, que fica no topo do Hotel Premium Tower Suites.

El Faro Bistrô Mendoza
El Faro Bistrô Mendoza

A vista da cidade, lá de cima, é imperdível! Em seguida fomos até a Plaza Independencia e, após ela, fomos conhecer o Cassino do Hotel Park Hyatt Mendoza, que talvez seja o hotel mais luxuoso da cidade. Ah, é proibido tirar fotos dentro do cassino…

Julio e eu na frente da loja Fans del Vino
Julio e eu na frente da loja Fans del Vino

Como o café no El Faro foi reforçado, voltamos a caminhar, caminhar, encontramos outra loja incrível de vinhos chamada Go Bar, até que chegamos ao El Asadito, na avenida Sarmiento, para almoçar, e isso já era umas 16h. Pedimos uma parrillada, e sinceramente não me lembro qual foi o vinho da tarde. A área interna do lugar é linda, mas preferimos nos sentar do lado de fora (muitos restaurantes têm mesas na área externa).

Voltamos para a av. Colón e tomamos um café na El Pasaje Cafeteria, um café pra lá de charmoso.

Dia 18.11.2024: O Julio fez reserva no dia anterior com um amigo dele, que trabalha com passeios turísticos em Mendoza. Como o motorista Luís viria nos buscar no hotel às 10h, acordamos mais cedo e, por volta de 8h estávamos fazendo nosso café da manhã no Café Bonafide. Só pra variar, medialunas e café. Medialuna é parecido com croissant, porém é doce e mais macio. Uma delícia!

Banner na Olivícola Pasrai
Banner na Olivícola Pasrai

Como combinado, às 10h o motorista nos pegou no hotel, e fomos direto para a Olivícola Boutique Pasrai, uma empresa centenária que produz azeite quase artesanal. Só vendem na própria loja, ou por encomenda: você não vai encontrar produtos deles em redes de supermercados.

Oliveira no pátio da Olivícola Pasrai
Oliveira no pátio da Olivícola Pasrai

Tem uma visita guiada gratuita, e no fim uma degustação de azeites. Também produzem sabonetes, cremes e outros produtos de beleza à base de oliva.

Vale a pena o passeio para conhecer a história da produção de azeite, aprender a diferenciar azeite extra-virgem, virgem, etc, tipos de embalagem e seu impacto na qualidade do produto… Foi uma aula muito bacana!

De lá fomos para um almoço harmonizado na Bodega Roberto Bonfanti, uma vinícola familiar, que também produz azeites (fiz um vídeo para o canal Vinho de Segunda, que você pode assistir clicando aqui). Em Mendoza, registradas, tem mais de 1.200 vinícolas. Algumas grandes, famosas, mas a maioria é composta por pequenas bodegas.

Almoçando na Bodega Bonfanti
Almoçando na Bodega Bonfanti

Destas, apenas umas 130 tem visitação. Escolhemos o menu de três passos (entrada, prato principal e sobremesa). Fomos atendidos pela Rocio,

Rocio nos atendendo na Bodega Bonfanti
Rocio nos atendendo na Bodega Bonfanti

que nos apresentava cada um dos pratos, explicava os vinhos e nos servia. Foi uma tarde para não esquecer! Na hora de pagar, claro, tive que comprar uns vinhos.

Curiosamente, não me lembro de ter visto vinhos deles em nenhuma carta de vinhos dos restaurantes que visitamos!

Voltamos para o hotel já no fim da tarde. À noite, por indicação do Luís, fomos jantar no La Marchigiana que, como o nome denuncia, é um restaurante italiano. Fica a umas sete quadras do hotel, mas também fomos e voltamos caminhando (até pra ver se a digestão melhorava… Não sei se a água de lá, ou o que foi, mas tivemos problemas digestivos durante a maior parte do tempo em Mendoza).

Dia 19.11.2024: Dois dias antes passamos pelo calçadão da avenida Sarmiento, que vai até a Plaza Independencia. Voltamos lá para um café, que foi degustado num restaurante chamado Bocca. A propaganda do almoço deles nos conquistou… De lá, fomos novamente ao Mercado Central, comprar uns frios, pois à noite pretendíamos fazer uma pequena comemoração no apartamento do Julio e da Cacilda.

Drink da Cacilda no Bocca
Drink da Cacilda no Bocca

Passamos no hotel só para guardar os frios e voltamos ao Bocca para aquele bife de chorizo alto, maravilhoso. Meu aparelho digestivo não estava colaborando, então no lugar do vinho me atraquei na Coca-Cola. A Cacilda pediu um drinque, o Julio foi na taça de vinho e a Vanessa também foi de Coca-Cola, pelo mesmo motivo que eu. Voltamos para o hotel, na expectativa de mais tarde jantarmos todos juntos. Mas… dormimos. Só andando e comendo, não tem outro jeito, né?

Dia 20.11.2024: café da manhã no La Lola (também a meia quadra do hotel) e, em seguida, voltamos à Go Bar para fazer nossas compras de vinhos. Ah, uma loja como aquela é minha Disneylândia! Fico lendo os rótulos, vendo as características de cada vinho, rindo com os nomes bem-humorados (normalmente os vinhos portugueses são assim, mas tem muito vinho argentino com nome engraçado também, como um branco chamado Aquí Estamos Todos Locos, e um tinto chamado Banda de Los Tres Sucios – comprei ambos).

Substituímos o restaurante no almoço pelos frios que compramos no dia anterior: três garrafas de vinho, queijo, salaminho, jamón serrano, e foi assim nossa tarde, papeando sobre a vida, contando histórias, e planejando onde jantar. Tudo o que decidimos foi que seria na av. Sarmiento.

Antes, fomos até o Bonito Café para um café da tarde, para caminhar mais um tanto até a Sarmiento. Escolhe, escolhe, acabamos no Estancia La Florencia.

Desta vez optamos por jantar na parte interna do restaurante, ainda que ele também tivesse mesas do lado de fora.

Pedimos pratos individuais (carnes, claro) e para acompanhar escolhi um cabernet sauvignon reserva chamado Septima Obra. As sobremesas deles também são incríveis!

Dia 21.11.2024: dia de voltar para casa. Como nossos voos não eram cedo, fomos ao La Lola novamente tomar um café da manhã. Em seguida, fechar malas, chamar o uber e ir para o aeroporto. Nosso voo para Guarulhos saiu por volta das 13h.

Tchau, Mendoza!
Tchau, Mendoza!

Foi uma semana cheia de novidades, conhecendo lugares incríveis e, por mais absurdo que possa parecer, fomos apenas a UMA vinícola, das 1.200 que tem lá! Sabe o melhor? Não senti falta de ir a outras! Preenchemos o tempo tão bem que não sobrou espaço na agenda.

Dicas: 1) leve tênis para caminhar, você vai usar muito, o tempo todo! 2) Leve dólares, seja em espécie (eles dizem em efectivo) ou em cartão. Paguei algumas coisas com cartão de crédito internacional, mas a cotação de dólar do cartão estava muito alta, e ainda teve o IOF. A Vanessa foi mais esperta, fez um cartão em dólares, e assim não teve que pagar câmbio alto nem IOF.

Um abraço, e até a próxima!